
Corpo de Jurados do 36º Carijo da Canção Gaúcha é marcado pela diversidade musical
Mais uma vez, pelo regulamento do Carijo, a presença feminina e também de representante palmeirense é obrigatória no juri
LOMA: A carreira de Loma começou em 1973 no grupo Pentagrama, que mesclava música nativista com o samba. A partir de 1976, após ter concorrido na Califórnia da Canção Nativa, participou de forma especial em discos de artistas populares da época, como Alceu Valença, Elza Soares, Gilberto Gil, Cristina Buarque e Velha Guarda da Portela. O primeiro LP de Loma é de 1985, com arranjos assinados por Geraldo Flach. Em 1992, pelo disco Um Mate Por Ti, foi indicada ao Prêmio Sharp da Música Brasileira na categoria cantora regional. Em 1999, Loma faturou o Açorianos de Música como melhor intérprete e melhor disco de MPB, por Além Fronteiras. Em 2012, ela assumiu a presidência do Conselho Estadual de Cultura. Ainda em 2012, venceu a categoria regional com o grupo Chão de Areia do 10º Viola de Todos os Cantos, festival realizado pela EPTV, afiliada da Globo no interior paulista e Sul de Minas. Loma passou a integrar o projeto Cantadores do Litoral em 2002, iniciativa para valorizar a música africana e açoriana, difundida na região litorânea do Rio Grande do Sul. Pelo disco desse trabalho, ela foi agraciada com o Troféu Vitor Mateus Teixeira, oferecido pela Assembleia Legislativa, como melhor cantora em 2009.
EDUARDO MORLIN: musicista há 15 anos. Vencedor da 6ª edição do Prêmio Profissionais da Música na categoria "Produtor de Trilha Sonora para Séries", é compositor, produtor musical e arranjador em mais de 400 fonogramas. Começou a estudar e trabalhar com música com seu pai, Mario Morlin, músico e maestro. Seu primeiro trabalho profissional, aos nove anos de idade, foi no Carijo da Canção Gaúcha. Tem em seu currículo participações e composições em álbuns de diversos artistas. Integra a banda Renascentes, com dois álbuns lançados. Também atua em trabalhos solo instrumental como flautista transversal. É integrante da e12 Records, um estúdio de gravação e produção musical situado em Porto Alegre. Foi jurado do 2º Festival Popular Vozes Contemporâneas, em Palmeira das Missões, no ano de 2022. É um dos jurados mais jovens da história do Carijo da Canção.
]ROGÉRIO KNORST: de Ijui, é aordeonista, cantor e compositor. Aatuou por 5 anos em conjuntos de fandango, o que o levou ao seu primeiro trabalho discográfico como vocalista, integrante do conjunto Marines Siqueira e Grupo Missões, bem como em disco gravado pelo Grupo Os Castilhenses da cidade de Júlio de Castilhos. Já teve várias participações em festivais nativistas como a Comparsa da Canção Nativa, de Pinheiro Machado; Tertúlia Nativa, de Santa Maria; o Grito da Canção Nativa, de Jaguari; Coxilha Nativista, de Cruz Alta; Convenção Nativista, de Júlio de Castilhos; Carijo da Canção Gaúcha, de Palmeira das Missões; Festival Ronda de São Pedro, de São Borja entre outros. Foi premiando em todos os Festivais que participou - sendo por três vezes vencedor da fase local do grande Festival Nativista Canto de Luz da cidade de Ijuí. Sua trajetória contabiliza mais de 100 participações ao longo dos mais de 20 anos dedicados aos festivais do tipo “Encontro de Costeiros”, definidos como Oficinas de Música e Poesia. Rogério Knorst é fundador do Grupo de Arte e Cultura Nativa Amigos do Rio Ijuí, cujo realiza o Pesqueiro da Canção do Rio Ijuí, um dos maiores eventos do estado nessa modalidade e que já está em sua 16° edição.
LUIZ CARLOS BORGES: É considerado um dos principais nomes da música regional gaúcha. Participou e venceu diversos festivais. Atuou como jurado, idealizador e organizador do Musicanto Sul-Americano de Nativismo na cidade de Santa Rosa. Músico desde os sete anos de idade, iniciou sua carreira no conjunto Irmãos Borges, na sua cidade natal de Santo Ângelo. Mais tarde quando estudante universitário em Santa Maria, iniciou sua carreira solo a partir do sucesso com a composição Tropa de Osso, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa. Em 1980, formou-se em música pela Universidade Federal de Santa Maria e assumiu a direção do Centro Cultural da cidade. Ainda em 1980, gravou seu primeiro LP individual. A partir dai Borges investiu na renovação da música regional gaúcha. Em 1982, mudou-se para São Borja, onde assumiu a Assessoria de Cultura e Turismo daquele município e passou a trabalhar no Projeto "São Borja 300 anos de História". Neste mesmo ano gravou o seu segundo LP individual: Noites, Penas e Guitarra. Gravou uma música com Mercedes Sosa em seu último trabalho, além de ter participado de diversos shows pelo mundo, como convidado especial. Foi presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Possui mais de 32 discos gravados (entre LP's e CD's) e segue cantando, tocando, gravando e produzindo coisas novas.
JULIANO JAVOSKI: cantor e compositor, natural de São Jerônimo, alicerçou sua carreira nos festivais de música nativista, tendo sido laureado nos mais importantes como: Tertúlio Nativista, Reponte da Canção, Ronda de São Pedro, Gauderiada, Carijo da Canção Gaúcha, Coxilha Nativista, Canto Sem Fronteira, Chamamento do Pampa, Califórnia da Canção Nativa. Participou da organização e da produção de alguns eventos como Coxilha Negra, de Butiá, Vozes do Jacuí, de São Jerônimo e do 12º Carijo, quando residiu em Palmeira das Missões. Com 40 anos de carreira, Javoski possui 6 CDs individuais autorais, além de ter mais de 400 músicas gravadas em discos de festivais e de outros cantores, em especial. Como escritor e pesquisador das línguas aborígenes pré-colombianas, frequentemente atua em grandes eventos como Festival Nacional del Chamame, Festival de Folclore Correntino e Fiesta Nacional del Chamame, todos na Argentina.